Friday, November 03, 2006

O ano em que meus pais saíram de férias

Alguém me contou a história que, em algum festival qualquer, alguém elogiou esse filme dizendo: "porra, adorei, parece até filme argentino".

Essa pessoa tem razão, esse filme é maior firmeza. Esse Cao Hamburguer, com todos seus superenquadramentos e mudanças de foco, manda pra caramba no quesito decupagem. No quesito direção de atores é bem bacana também, apesar dos atores mirins, às vezes, soarem um pouco forçadinhos (mas é que é foda também, né). A garota, Daniela Piepszyk, que faz a personagem Hanna, é bastante talentosa e o Germano Haiut, que faz o velho Shlomo, é uma das melhores coisas do filme. Ele deixa a sensação de que ninguém mais poderia ter feito aquele papel.


É um filme que demora um tantinho pra você curtir, porque tem cara de filme que você já viu, mesmo sendo um filme super original, como você vai constatando ao longo do tempo. Ainda mais pra quem lembra de Kamchatka e Machuca.

Na minha humilde opinião, não só é um filme bem bacana, mas é um bom candidato a um Oscarzinho, afinal, fala de judeus e fala de ditadura. Combinação temática explosiva!

E esse Braulio Mantovani, co-roteirista do filme, é, como o nome já diz, do caralho.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Tá. O filme é bom pra caralho (ótimo comentário final), mesmo! Mas tem duas coisas que eu não gosto: dessa história de superenquadramentos e mudanças de foco o tempo todo, me cansam e parece sem razão de ser... Sei lá.
E o final é bem sem graça em relação ao resto do filme, aquela mãe é uma bobocona sem sal - não despede nem agradece o shlomo de ter cuidado do filho dela. Se fosse pra ser assim, por mim, ela podia não voltar nunca.
O resto é bom. O filme é bom e vale a pena.

6:21 AM  

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