Wednesday, October 25, 2006

Máquina Mortífera 4

Máquina Mortífera é uma das séries mais subestimadas da história do cinema. É cinema-pipoca da melhor qualidade.


É uma série muito bem estruturada, seguindo a fórmula James Bond de fazer filmes (o começo é uma ceninha de ação que não tem nada a ver com o resto do filme). As cenas de ação são bastante eficientes. As cenas de humor são ainda mais: a trinca Danny Glover-Mel Gibson-Joe Pesci funciona muito bem. O tema principal da série, a família, é bastante recorrente, bastante aproveitado e é um tema que joga com a relação do próprio espectador com os personagens. Ninguém em Máquina Mortífera é simplesmente amigo de alguém, todos se tratam como irmãos, primos, sogras, etc. Leo Getz (Joe Pesci), por exemplo, é o irmão caçula que todo mundo vive sacaneando. O capitão Ed Murphy (Steve Kahan) é o tiozão chato. Riggs (Mel Gibson) não passa um natal fora da casa de Murtaugh (Danny Glover).


Máquina Mortífera é talvez o melhor representante do sub-gênero “filmes de comédia/ação envolvendo uma dupla que não tem a ver entre si”. Bater ou Correr, por exemplo, é bom, mas a continuação é meio ruinzinha.


Eu tenho um lado baziniano muito forte, eu sempre acho que ver a coisa acontecendo na tela de verdade é muito legal. Talvez por isso uma das cenas de ação que eu mais me impressiono é a do prédio explodindo em Máquina Mortífera 3. Aquilo, minha gente, é um prédio de verdade filmado de vários ângulos diferente. Não é maquete, não é CG e qualquer um que vê o filme sente a diferença na pele.


Claro que outra cena clássica da séria é a da bomba na privada. Aquilo é foda.


Mas, mesmo assim, tendo a achar que Máquina Mortífera 4 é o melhor deles. Primeiro porque o elenco está velho, e isso implica em mais cenas de humor, menos cenas de ação, e as cenas de humor são melhores que as de ação no caso. O sub-tema da velhice surge duma maneira muito engraçadinha, e é contrastado pelo fato do vilão ser o mais forte, hábil e violento de todos os vilões da série (é o Jet Li, aquele chinezinho). A cena inicial, do Murtaugh de cueca na chuva, é, guardada as suas devidas proporções, perfeita. E o Chris Rock, que estréia como parte do elenco nesse filme, faz um belo samba com o Joe Pesci.


O final do filme é uma ótima conclusão daquilo que a série Máquina Mortífera representa e se propõe a fazer.


Sem preconceitos, vai, esse filme é o maior legal.

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